Três homens denunciados por associação e tráfico de drogas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foram condenados a penas que somadas chegam a 37 anos de reclusão em Pinhalzinho. Um deles, Gelso José Luvison, que chefiava o tráfico na região há mais de dez anos, foi condenado a 13 anos, dois meses e 20 dias de prisão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Os outros denunciados, Roberson Rambo e Diego Alves da Costa foram condenados, respectivamente, a 12 anos e 4 meses de reclusão e a 11 anos, 8 meses e 10 dias. Todos os três também terão que pagar multas. A decisão judicial é de 27 de março de 2019.
Na ação penal, a Promotoria de Justiça da comarca de Pinhalzinho demonstrou que Gelso inicialmente vendia crack, mas nos últimos anos, pelo menos a partir de 2014, passou a comercializar maconha e cocaína em grande quantidade em sua própria casa.
Roberson e Diego atuavam na distribuição, entregavam a droga diretamente aos usuários. A associação criminosa para o tráfico entre os três era estável e de longa data. Eles tinham até uma espécie de sociedade de fachada para pintar casas.
De acordo com a apuração, Gelso possuia um código para avisar que havia droga para vender. Ele deixava o portão da garagem da casa aberto. O modus operandi foi identificado em inquérito policial e confirmado por testemunhas/usuários. Gelso também revendia drogas, especialmente cocaína, para outros traficantes da região já condenados.
“A condenação do traficante Gelso Luvison representa um marco na repressão ao tráfico de drogas na Comarca de Pinhalzinho. Luvison e seus comparsas há mais de década traficavam, arruinavam famílias e incrementavam a insegurança pública na sociedade pinhalense. A prisão e condenação do grupo de traficantes só foi possível graças a uma articulada atuação da Promotoria de Justiça, Polícia Civil e Polícia Militar de Pinhalzinho, que contou também com uma postura firme do Poder Judiciário na decretação das prisões cautelares e condenação dos acusados”, comentou o Promotor de Justiça Edisson de Melo Menezes, atualmente em exercício na Promotoria de Justiça de Pinhalzinho.
Gelso, Roberson e Diego estão presos e não podem recorrer da decisão em liberdade. De acordo com a Juíza de Direito Janaína Alexandre Linsmeyer Berbigier, a manutenção da prisão neste momento é necessária. “A soltura, nesse momento, poderia pôr em risco a reta e a justa aplicação da lei penal, assim como a garantia da ordem pública”, escreveu a Juíza na decisão. (Autos nº 0000825-21.2018.8.24.0049).
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC.