Depois de oito horas de júri, o Conselho de Sentença decidiu pela absolvição de Guilherme Forte de Vargas, 20 anos. O jovem, também conhecido como “Neguinho”, foi acusado pela morte de um adolescente na Grande Efapi, em 2016. O réu negou envolvimento e afirmou que não teria como manejar uma faca pois estava com o braço engessado em razão de uma fratura na mão, o que foi confirmado por documentos do Hospital Regional de Chapecó.
Os jurados decidiram pela absolvição, já que um adolescente assumiu a autoria do homicídio. Um outro adolescente também foi indiciado, mas nega a participação. As audiências de instrução já aconteceram, na Vara da Infância e Juventude, e as sentenças devem sair nos próximos dias.
Na época do crime, Guilherme foi preso preventivamente. Depois de 10 meses foi solto e passou a cumprir medidas alternativas. Essa foi a décima passagem do réu pela polícia. As demais foram por furto, roubo e posse de drogas.
O caso
No dia 11 de junho de 2016, por volta das 23h, testemunhas avistaram movimentação atrás da igreja do loteamento Jardim do Lago, em Chapecó. Duas testemunhas disseram, em depoimento, que viram o braço de uma pessoa caída e outras três esfaqueando a vítima. Mas não conseguiram identificar nenhum dos envolvidos. Minutos depois, um homem foi até o local e encontrou Rodrigo de Jesus, 17 anos, também conhecido como “Chinelinho”, já sem vida. Na casa do réu foram encontrados um tênis sujo de sangue e um punhal.
A desavença começou quando o pai desse amigo chamou a polícia porque Guilherme e dois adolescentes estavam efetuando disparos de arma de fogo em frente à casa da família. A vítima estava na casa no momento da confusão.
Texto: Elizandra Gomes/TJSC.