Qual a disciplina que você tirava as melhores notas na escola? Certamente era nessa aula em que estava o seu professor preferido, não é mesmo? Todos os estudantes tem aquele professor que gostam mais. E neste mês em que se comemora o Dia do Professor, vamos apresentar o trabalho da Professora Maria Terezinha Behm do Prado. Ela trabalha a disciplina de matemática nas Escolas Básicas Municipal Padre José Anchieta e Mirian Elena Meyer em Chapecó – SC.
Aprender a matemática nem sempre é tarefa fácil, mas quando a magia se faz presente, tudo se transforma. O encantamento e o brilho nos olhos dos estudantes e da professora os tornam cúmplices dos momentos que vivenciam em sala de aula. A profissão professor é um dos ofícios mais lembrados quanto às exigências sociais e isso traz a necessidade do profissional estar sempre pronto para exercer sua prática e estar apto a levar para sala de aula aquilo que corresponda à formação dos educandos. Requer que esteja atento e aberto às inovações e participe de todas as oportunidades que o levem à ascensão pessoal e profissional. Ensinar é uma das atividades mais nobres do ser humano. Para ser educador, o desafio é constante e é preciso criatividade na elaboração de estratégias para que os estudantes atinjam os objetivos. Ser Professor é bem mais que profissão, é preciso ter vocação.
Entre as estratégias da professora Maria Terezinha está em alguns momentos, no uso da mágica, que serve como incentivo para desenvolver o raciocínio rápido, despertando a curiosidade nos alunos. Além disso, também utiliza os jogos como instrumento de aprendizagem servindo também como estímulo aos estudantes que amam estes momentos em sala. De acordo com a professora Maria Terezinha, o foco principal é o aluno, independente se é um aluno presente e participativo ou aquele que costuma faltar e por consequência apresenta maiores dificuldades. “Preparo atividades bem dinâmicas que envolvem as quatro operações e depois que comecei oferecer os jogos as mudanças foram bem significativas”, comentou.
Ela enfatiza ainda que utiliza ferramentas pedagógicas diferenciadas e assim pode trabalhar de forma diferenciada e, com isso, os alunos apreendem o conteúdo, os faltosos diminuíram as ausências e a organização do material deles melhorou muito mesmo. “O professor precisa sentir amor e gostar de ensinar. Sempre tentar ajudar o aluno, se ele pede explicação é porque quer aprender, não podemos nunca desistir, explicar quantas vezes for necessário até que ele compreenda. Meu trabalho me realiza, minha maior alegria é quando eles questionam e quando aprendem. Meu maior sonho é ajudar os alunos que mais precisam aqueles que temos mais dificuldade de nos aproximar, com mais dificuldade de aprendizagem ou comportamental”, esclareceu a professora.
Maria Terezinha esclarece ainda que ama a profissão que escolheu e que procura não ser apenas uma professora. “Faço valer a educadora que existe em mim, sempre que é necessário uma conversa mais individualizada sou firme e busco entender os motivos que fazem com que certas atitudes estão acontecendo, mas ao mesmo tempo ofereço atenção e carinho a eles”, comentou.
O que dizem os alunos
Márcio Roberto Keitel tem 14 anos e é aluno do 8º ano. Ele conta que sempre teve dificuldade em aprender matemática e não gostava, mas depois que a professora Maria começou trabalhar com a turma dele o interesse aumentou. A professora elabora uma forma de explicar para todos mas que não se torna chata e se precisar que ela explique dez vezes a mesma coisa ela está sempre disponível, ela vem até nossa mesa ou chama de lado e ensina. “Além disso, tem o lado humano dela que sempre que a gente precisa de qualquer conselho podemos chamar que ela irá encontrar uma forma de ajudar. Ela sempre acreditou em nós, mesmo aqueles que têm mais dificuldade como eu, ela nunca desiste, ela faz o conteúdo parecer fácil”, comentou.
Para a aluna Caroline Pedroso de 13 anos e estudante do 8º ano, a professora Maria procura entender cada um de nós e nos aproxima cada vez mais da escola e faz com que a gente queira aprender cada vez mais. “Os jogos não são aula livre, é um momento de muita concentração, aprendizagem, desenvolvemos o raciocínio lógico”, explicou.
Para a Secretária de Educação, Sandra Maria Galera, cabe aos educadores, saber ver e sentir a realidade na qual está trabalhando e adaptar os conteúdos curriculares a esta realidade, para que o aluno se interesse pela aprendizagem e possa mostrar as habilidades e talentos que lhe são peculiares. “Conhecer o interesse dos educandos é essencial para que a aprendizagem aconteça e que os resultados obtidos sejam positivos”, finalizou.
Ser professor em Chapecó
A Secretaria de Educação de Chapecó conta com 1500 professores. A formação destes profissionais vai desde licenciatura plena, pós-graduação em nível de especialização, mestrado e doutorado nas diferentes áreas de atuação, os quais atendem desde a Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano compreendendo aqui a Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial.
Aos profissionais é oferecida de forma diversificada, momentos de formação continuada e capacitação, uma das possibilidades para a melhoria da qualidade de ensino. São oferecidas palestras, seminários, eventos e oficinas de práticas pedagógicas em todas as áreas do conhecimento. Anualmente, professores, gestores, coordenadores pedagógicos e secretários que são capacitados visando à melhoria contínua da qualidade de ensino e a construção de uma prática pedagógica comprometida com o desenvolvimento integral do educando. A formação continuada da Rede Municipal tem carga horária mínima de 40 horas anuais, distribuídas conforme planejamento com temas pertinentes aos níveis e modalidades.
Além disso, os professores da Rede Municipal dispõem de tempo semanal para planejamento, estudo e avaliação escolar, (sendo garantidos 36% da carga horária de trabalho) estipulada na Lei Complementar Nº 132/2001, fato este que veio contribuir significativamente na qualificação da prática pedagógica em sala.
Jornalismo Rádio Efapi com informações da Prefeitura de Chapecó.