Na tarde desta quinta-feira (20), o Centro de Eventos Plinio Arlindo Diniz, em Chapecó, foi palco do lançamento do Programa Nacional dos Comitês de Cultura em Santa Catarina. O evento, uma iniciativa do Comitê de Cultura de SC em parceria com a Fundação de Cultura de Chapecó, reuniu diversas lideranças do setor cultural e teve como principal objetivo apresentar o programa dos comitês, além de promover o acesso e a inclusão cultural em áreas historicamente marginalizadas.
O evento iniciou com uma linda apresentação de uma dança dos Guerreiros do Povo kaingang da Aldeia Condá.
Após composta a mesa, que teve importantes figuras da cultura catarinense, incluindo:
– Clodoaldo Calai: Artista, diretor de teatro e presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Chapecó.
– Marcos Bettu: Gestor de cultura de Pinhalzinho e coordenador do Colegiado de Gestores de Cultura da Amosc.
– Nelson Brum Motta: Coordenador do Comitê de Cultura de SC.
– Luciane Carminatti: Presidenta da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Alesc.
– Jassanan Jorge Luiz da Silva: Presidente da Fundação Cultural de Chapecó.
– Alexandre Gouveia Martins: Coordenador do Escritório do Ministério da Cultura em SC.
Objetivos do Evento
O principal objetivo do lançamento foi apresentar o programa dos comitês e esclarecer sua atuação em conjunto com o Ministério da Cultura (Minc). Augusto Zeiser, técnico em cinema e audiovisuais da Fundação Cultural de Chapecó, destacou a importância do programa: “Os comitês de Cultura são uma iniciativa do Ministério da Cultura para organizar entes da sociedade civil e ajudar na parte de informação, formação e acesso, principalmente, à população historicamente afastada das políticas culturais, como as pessoas indígenas, negras, LGBTQIA+, entre outros segmentos que têm dificuldades e são historicamente marginalizados.”
Organização e Parcerias
Em Santa Catarina, a entidade proponente do projeto do comitê foi a Associação Baiacu de Alguém, um bloco de carnaval com mais de 30 anos de história, em Santo Antônio de Lisboa na Capital Catarinense e certificação como ponto de cultura. A entidade trabalha em rede com a AFRODESMO, Associação de Afrodescendentes de São Miguel do Oeste, que atua na luta contra o racismo e na preservação da memória e história do povo negro do oeste catarinense.
Além disso, o comitê contará com a participação de agentes territoriais, pessoas com conhecimentos específicos sobre os territórios do estado, para atuar como uma ponte junto à população. Esses agentes serão responsáveis por promover a formação, informação e animação cultural, incentivando a participação nas políticas culturais.
Palavras do Representante do Minc
Alexandre Martins Gouveia, representando o Ministério da Cultura, ressaltou a importância da organização da sociedade civil para o sucesso do programa: “Estamos aqui lançando o comitê de Cultura de Santa Catarina, uma organização que o governo Lula criou para acompanhar a execução das políticas culturais. Isso é um programa nacional que está acontecendo no Brasil inteiro e só acontece porque primeiro recriamos o Ministério da Cultura e segundo porque há um volume de recursos jamais visto na história de fomento à cultura. Só entre o ano passado e este ano, Santa Catarina recebeu do Ministério da Cultura mais de 200 milhões de reais. É importante que a sociedade civil esteja organizada para se qualificar, participar dos editais, buscar e aplicar esses recursos nos equipamentos culturais e atividades.”
O lançamento do Programa Nacional dos Comitês de Cultura em Santa Catarina marca um passo significativo na democratização do acesso à cultura no estado. Com a colaboração de diversas entidades e agentes territoriais, o programa promete fortalecer a inclusão cultural e garantir que todos os segmentos da população tenham a oportunidade de participar e se beneficiar das políticas culturais.