A Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) inaugura nesta quarta-feira, 1º de setembro, o primeiro galpão industrial do projeto SAP Têxtil, localizado no Presídio Feminino do Complexo Penitenciário de Chapecó. A iniciativa é do Governo do Estado e da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa que prevê a construção de 18 barracões industriais, sendo oito deles em Chapecó.
Os 10 restantes estão em fase de montagem em polos industriais nas unidades prisionais de Curitibanos, Criciúma, Itajaí e linhas de produção de apoio na UPA de São José do Cedro e UPA de São Miguel do Oeste.
A ideia é fabricar uniformes escolares para as redes públicas estadual e municipal, além de enxovais para hospitais. “Esse trabalho tem uma relevância muito grande para o apenado, pois ele poderá estar fabricando o uniforme que o filho dele vai usar na escola”, observou o secretário da SAP, Leandro Lima, destacando que a reabilitação social e econômica do apenado é fundamental para que evitar a reincidência no crime.
Participam da inauguração a diretora do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Tânia Fogaça, e do diretor de Políticas Penitenciárias do Depen, Sandro Abel de Sousa Barradas.
Números
O Governo do Estado está investindo cerca de R$ 30 milhões na concretização do projeto. Neste momento há cerca de 2,1 mil apenados no estado recebendo treinamento para atuar nas áreas de corte e costura industrial, serigrafia, manutenção de máquinas e logística. Os cursos são ministrados pelo Senai, instituição do sistema Fiesc, cujo objetivo é estimular a inovação industrial por meio da educação, consultoria, pesquisa aplicada e serviços técnicos e tecnológicos.
Após o término da capacitação, com duração prevista de 90 dias, o SAP Têxtil absorverá de imediato a mão de obra de 1,5 mil apenados. Todos receberão salário, sendo que 25% vai para o Fundo Rotativo da unidade. Os 75% vão para o interno. A maioria destina os valores recebidos por meio do trabalho para ajudar na manutenção da família.
Este primeiro galpão industrial tem 325 metros quadrados, 40 máquinas de costura e gera 60 vagas de trabalho exclusivas para mulheres privadas de liberdade do Presídio Feminino de Chapecó. As demais linhas de produção em Curitibanos, Criciúma, Itajaí, São José do Cedro e São Miguel do Oeste serão ativadas à medida que a construção dos galpões seja finalizada.