Apesar de as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) terem instalado um novo transformador no último fim de semana, a Terra Indígena Toldo Chimbangue continua sem abastecimento de água. Isso se deve ao não cumprimento, por parte da União/Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), das medidas que lhe cabem para garantir o funcionamento da bomba usada na extração de água de um poço artesiano.
Condenada pela Justiça Federal, em 8 de setembro, a promover em cinco dias as providências necessárias, a União ainda não solucionou a questão de insuficiência de energia elétrica para funcionamento da bomba que abastece de água a terra indígena, mesmo pagando multa de R$ 100 por dia por descumprir a sentença.
De acordo com indígenas que procuraram o Ministério Público Federal (MPF), o conserto da bomba foi feito parcialmente, mas há um problema elétrico de baixa tensão que impede que a situação se normalize. A bomba necessita de 440V de tensão para funcionar adequadamente, mas, ao medir-se a tensão com a bomba ligada, registra-se apenas 363V.
Segundo o procurador da República Carlos Humberto Prola Júnior, “a situação, que seria grave por si só, tem causado ainda mais transtorno à comunidade neste momento de pandemia de Covid-19, haja vista a maior necessidade de água para higienização”.
Além do requerimento para que a Celesc realizasse a adaptação da rede elétrica, o que já foi executado, o procurador oficiou a Prefeitura Municipal de Chapecó e a Câmara Municipal de Vereadores para dar ciência dos problemas no fornecimento de água na TI Toldo Chimbangue, onde residem centenas de munícipes chapecoenses.
Jornalismo Rádio Efapi com informações do Ministério Público Federal.