A iniciativa Mais Manutenção de Respiradores, uma ação de enfrentamento do novo coronavírus desenvolvida em âmbito nacional pelos Institutos SENAI de Inovação teve, em Santa Catarina, o conserto de 61 aparelhos, utilizados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). A estimativa é que eles salvem de 600 a 1,2 mil vidas. Além disso, representam economia de R$ 1,4 milhão, valor que seria necessário para a aquisição de novos equipamentos.
A atividade está sendo interrompida, dada a inexistência de novas demandas, mas poderá ser retomada caso surja necessidade. Uma live na tarde desta segunda-feira (20) congregou as empresas parceiras no projeto.
“Este projeto nos mostra a importância dessa união de forças, que foi fundamental para que pudéssemos recuperar os respiradores”, afirmou, no evento online, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, referindo-se às parcerias da Associação Catarinense de Medicina (ACM), GM, BMW, Whirlpool, Nidec Global Appliance (detentora da marca Embraco) e SLS Hospitalar, além do Aeroclube de Santa Catarina.
Ele lembrou que a pandemia mostrou a deficiência da quantidade desses equipamentos na rede hospitalar e o trabalho realizado em conjunto demonstrou mais uma vez o espírito colaborativo do industrial catarinense e brasileiro. “Este foi mais um passo desta parceria tão consolidada entre o Sistema FIESC, por meio de suas casas e a indústria brasileira no sentido de buscar a excelência e a união para vencer as crises”, acrescentou Aguiar.
“A SLS é uma testemunha ocular do serviço que foi desenvolvido pelo SENAI e a gente já viu estes equipamentos lá nos hospitais, já estão fazendo a diferença nos hospitais; a iniciativa teve resultados muito positivos e a gente vê isso em funcionamento, salvando vidas efetivamente”, disse Alisson Cesar Fernandes, engenheiro clínico da SLS Hospitalar, empresa especializada em manutenção de equipamentos hospitalares.
O médico Ademar José de Oliveira Paes Júnior, presidente da Associação Catarinense de Medicina, disse que “esse foi um dos projetos mais fantásticos do qual a entidade participou em 84 anos de existência, com maior impacto direto, salvando vidas e pessoas”. Ele salientou que no enfrentamento da pandemia não existem medicamento, vacina ou testes baratos. “Nos resta garantir uma infraestrutura para os casos que compliquem”, destacou.
“Quero reconhecer a iniciativa da FIESC e do SENAI em conciliar e agregar de maneira quase espontânea empresas diferentes para uma causa comum; o grande benefício foi a rapidez do engajamento e a velocidade de reação”, afirmou José Lainor Driessen, vice-presidente da Nidec, empresa detentora da marca Embraco.
Os depoimentos dos dirigentes das empresas parceiras versaram sobre a importância da união das empresas, muitas delas concorrentes. Também participaram Marina Willisch, vice-presidente de Relações Governamentais e Comunicação da GM; Mathias Hofmann, diretor geral da BMW – planta Araquari; João Carlos Brega, presidente da Whirlpool América Latina e vice-presidente da Whirlpool Corporation.
Jornalismo Rádio Efapi com informações da Fiesc.