Coletiva de Imprensa Anuncia Reabertura do Caso Marcelino Chiarello

Na manhã desta segunda-feira, uma coletiva de imprensa realizada no Facebook abordou a possessível reabertura do inquérito policial que investiga a morte do vereador e professor Marcelino Chiarello, ocorrida em 28 de novembro de 2011. As novas informações da Polícia Civil de Santa Catarina reacendem um debate que há mais de uma década mobiliza familiares, amigos e entidades da sociedade civil em busca de justiça.

O anúncio foi feito pelo Fórum em Defesa da vida, em que o Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, confirmou a solicitação de reabertura do caso após análises recentes apontarem contradições nos laudos e inconsistências na condução da investigação original. O Fórum que há anos acompanha o caso e exige esclarecimentos, divulgou uma nota pública manifestando apoio à iniciativa e reforçando a necessidade de uma apuração rigorosa e transparente. E estará requerendo audiência com o Delegado Geral e o Ministério público para exigir a reabertura do caso.

Um Caso Marcado por Dúvidas

Desde o início, a morte de Marcelino Chiarello gerou controvérsias. Embora a investigação oficial tenha sido arquivada com a conclusão de suicídio, diversas inconsistências levaram familiares e apoiadores a questionar essa versão. Em 2018, o Fórum em Defesa da Vida organizou o Julgamento Popular de Marcelino Chiarello, evento que reuniu especialistas jurídicos, técnicos e testemunhas, resultando na conclusão de que se tratava de um assassinato.

Na coletiva, membros do Fórum enfatizaram que a nova investigação deve considerar elementos anteriormente ignorados ou mal conduzidos. Entre os pontos destacados estão falhas na coleta de provas, desaparecimento de documentos e a ausência de diligências fundamentais.

Reações e Expectativas

A reabertura do caso gerou reações imediatas na esfera política e jurídica. O atual prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que já ocupava a gestão municipal à época do crime, criticou a decisão do Delegado-Geral, sugerindo motivação política por trás da iniciativa. No entanto, Ulisses Gabriel reafirmou que a decisão se baseia exclusivamente em critérios técnicos e na obrigação legal de revisar casos onde novas evidências surgem.

A sociedade chapecoense e entidades de direitos humanos agora aguardam os próximos passos da investigação, reforçando a importância de transparência e comprometimento das autoridades para que, enfim, a verdade venha à tona.

O Fórum em Defesa da Vida concluiu sua nota pública reiterando o chamado à mobilização popular e a necessidade de garantir justiça para Marcelino Chiarello, que dedicou sua vida à defesa dos direitos humanos e da transparência na administração pública.

A Rádio EFAPI seguirá acompanhando os desdobramentos deste caso e trará atualizações conforme novas informações forem divulgadas.

Leia a Nota Pública na integra.