Os técnico-administrativos em educação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) completam, hoje (24), 67 dias de greve. O movimento é nacional e conta com a adesão de trabalhadores em outras 60 Universidades e 550 unidades dos institutos federais. Por enquanto, os docentes da UFFS não participam do movimento que luta pela valorização dos trabalhadores da Educação Federal, reivindicando também a recuperação orçamentária das instituições de ensino federais.
Os técnico-administrativos em educação (TAEs) deflagraram greve a partir do dia 18 de março, observando até o momento pouquíssimos avanços nas mesas de negociação com o governo federal em termos de reestruturação da carreira TAE, reajuste financeiro e outras pautas que exigem a revogação de diversas normas. A luta por melhores condições de trabalho soma-se à reivindicação da recuperação orçamentária das instituições de ensino superior que, de acordo com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), necessita de R$ 2,5 bilhões sobre o valor previsto para 2024.
O movimento de greve é crescente, nos últimos dias tivemos oito adesões e, atualmente, são mais de 120 TAEs em greve nos seis campi da UFFS, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A paralisação do trabalho pelos TAEs dificulta a execução diversas atividades administrativas, de ensino, de pesquisa e de extensão, já que são eles os responsáveis pela gerência e execução de contratos financeiros e jurídicos, atuando nos atendimentos aos estudantes e docentes em laboratórios, assistência social, biblioteca, acessibilidade, comunicação e muito mais. Vale ressaltar que existe o Comitê de Ética Grevista responsável por avaliar diferentes demandas, porém aquelas consideradas essenciais e inadiáveis têm sido realizadas pelos grevistas, preservando à assistência e aos auxílios à comunidade acadêmica, por exemplo.
Durante esses 67 dias de greve na UFFS, os técnicos participaram e organizaram diferentes campanhas de doação em solidariedade aos moradores atingidos pela catástrofe que arrasou boa parte do estado do Rio Grande do Sul. Outras iniciativas foram as campanhas para doação de sangue e, uma das mais recentes, a arrecadação de roupas e calçados organizada no Campus Chapecó-SC. Além disso, a categoria organizou debates importantes sobre o Programa de Gestão de Desempenho e Flexibilização da Jornada de Trabalho, pautas mais internas à UFFS, mas que dialogam com a melhoria das condições de trabalho executadas pelos TAEs.
Por comissão de greve SINDTAE UFFS