A greve deflagrada pelos servidores do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) no campus Chapecó, coordenada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), segue firme em sua luta por valorização salarial e em defesa da educação pública. Desde o dia 8 de abril, os servidores estão mobilizados em busca de reajustes justos e medidas que garantam o pleno funcionamento das instituições federais de ensino.
Situação atual da greve:
Segundo levantamento realizado até o dia 23 de abril, cerca de 70% dos cargos técnicos e 23% dos docentes do campus Chapecó aderiram à greve, demonstrando a adesão significativa dos servidores à causa. A mobilização é uma resposta às propostas insuficientes do governo, que não contemplam a recomposição salarial dos últimos anos nem garantem a adequada estruturação das carreiras técnica e docente.
Reivindicações dos grevistas:
Os servidores reivindicam não apenas a reposição salarial das perdas acumuladas, estimadas em 22% para docentes e 34% para técnicos administrativos em educação (TAEs), mas também a recomposição orçamentária para garantir o pleno funcionamento dos institutos federais e universidades. Além disso, exigem a reestruturação das carreiras técnica e docente, bem como a revogação de medidas que impactam negativamente o serviço público e a educação.
Propostas do governo e rejeição pelo movimento grevista:
Em meio ao impasse nas negociações, o governo propôs um reajuste zero para ambas as categorias em 2024, seguido de aumentos de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Contudo, essa proposta foi amplamente rejeitada pelos grevistas em assembleia realizada no dia 24 de abril. Para o movimento, tais medidas não são suficientes para reparar as perdas salariais acumuladas ao longo dos anos, nem para garantir condições dignas de trabalho e ensino.
Com o aumento da adesão dos trabalhadores da educação ao movimento grevista, a maioria dos servidores do IFSC Chapecó continua em greve, demonstrando a determinação da categoria em lutar por seus direitos e pela qualidade da educação pública no país. O movimento destaca a importância do diálogo e da valorização dos profissionais da educação como pilares fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do Brasil.
A greve dos servidores do IFSC Chapecó representa não apenas uma busca por melhores condições salariais e de trabalho, mas também uma defesa incansável da educação pública como um direito fundamental de todos os cidadãos. Enquanto persistir o impasse nas negociações, os grevistas seguem firmes em sua luta, confiantes de que somente através da mobilização e da união será possível alcançar conquistas significativas para toda a comunidade educacional.