A “Operação Internamento Involuntário” foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, pela Administração Municipal de Chapecó. “Nós vamos tirar da rua os dependentes químicos e encaminhá-los para tratamento, seja voluntário, seja involuntário. Nós não queremos que ninguém fique na rua. Temos muitas famílias que estão sofrendo e nós vamos fazer de tudo para ajudar essas famílias. A droga mata”, disse o prefeito João Rodrigues.
Participaram da ação o prefeito João Rodrigues, a secretária de Assistência Social, Elisiani Sanches, o secretário adjunto de Saúde, Nédio Conci, o diretor de Segurança Pública, Clovis Ari Leuze, o comandante da Guarda Municipal, Roger de Lima, Polícia Militar, assistentes sociais e Resgate Social, guardas municipais, além de ambulância da Saúde e dos Bombeiros.
Foram realizadas abordagens no Terminal de Transporte Coletivo Urbano, no bairro São Cristóvão, na Praça da Família e no bairro São Pedro. Sete pessoas foram encaminhadas para tratamento, a maioria voluntariamente. Elas foram levadas para o Centro de Atendimento Psicossocial e de Drogas, UPA e depois serão encaminhadas para Ibicaré, onde existe uma clínica, ou hospitais da região, como Mondaí, Palmitos e Quilombo, onde há tratamento especializado, segundo o secretário Nédio Conci.
Um dos internamentos involuntários foi de um homem de 30 anos, que às vezes fica na rua e às vezes dorme em casa. Neste caso o internamento foi a pedido dos pais. “Ele não quer trabalhar, sai e a gente não sabe onde vai, grita com a gente”, disse a mãe. O pai acredita que o internamento é o melhor para o filho, que segundo ele está se acabando nas drogas.
O diretor de Segurança, Clovis Ari Leuze, disse que esta operação será constante. Além dos sete internados um foi levado para a Casa de Passagem e posteriormente para seu município de origem, que seria Coronel Freitas.
A secretária de Assistência Social, Elisiani Sanches, disse que já foram mapeados 30 dependentes químicos. Eles fazem parte de um grupo de pessoas que chegaram a ser abordados na rua, levados para a Casa de Passagem, mas retornaram para a rua. No entanto, 152 foram encaminhados para emprego, 309 para outros municípios, 82 para tratamento químico e 62 retornaram para o vínculo familiar.