A falta de água está castigando Santa Catarina nas últimas semanas. Em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, a capacidade de armazenamento do Lajeado São José, principal ponto de abastecimento de água do município, está em 25%.
A situação prejudica a irrigação das plantações, falta água para consumo humano e os animais também sofrem com a seca. Na área urbana, onde a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) atende, o abastecimento ainda está sendo mantido.
Segundo o superintendente regional Oeste da Casan, Daniel Scharf, as bacias hidrográficas estão com a capacidade muito abaixo da normal. A situação gera transtornos e a falta de água. “Ainda estamos conseguindo manter o abastecimento normal em Chapecó, mas se a população não fizer o uso consciente e racional da água corremos o risco de ficar sem água nos próximos meses”, alerta ele.
Scharf explica que além do Lajeado São José, a Casan traz água do Lajeado Rio Tigre, podendo ocupar 50% da capacidade de cada um dos dois rios. “Estamos enfrentando uma das piores estiagens dos últimos anos, por isso é fundamental que as pessoas não desperdicem água lavando calçadas, carros ou em atividades que não são primordiais neste momento”, orientou.
Agroindústrias sofrem com a falta de água
A BRF (Brasil Foods) tem sofrido com a falta de água. Para garantir a qualidade e a segurança de seus processos, a agroindústria está realizando a captação de água do Rio Uruguai, na localidade de Goio-Ên.
A medida emergencial se deve à escassez de água no município de Chapecó e tem como objetivo abastecer a unidade fabril e evitar a interrupção da produção.
“A companhia se mantém comprometida com o uso consciente da água, seguindo padrões de qualidade da norma ISO 14001 e monitora 100% das unidades do Brasil, por meio do ISA (Índice de Sustentabilidade Ambiental) sob aspectos dos efluentes, resíduos, emissões atmosféricas, outorgas e licenças ambientais”, informou a BRF em nota oficial.
Jornalismo Rádio Efapi com informações do ND Mais.