Por: Diário do Iguaçu
A Polícia Civil de Chapecó, por meio da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), identificou um casal suspeito de furtar 700 gramas de Nitrato de Potássio (KNO3), que seria utilizado para produção de explosivos e bombas caseiras. Os suspeitos são dois jovens de 19 e 20 anos.
Conforme a polícia, no dia 6 de setembro, o proprietário da empresa de onde a substância foi levada procurou a Polícia Civil registrando o furto. Imediatamente foram feitas diligências para identificar os envolvidos. O delegado responsável pela investigação, Elder Arruda Chaves, contou à reportagem do Diário do Iguaçu, que a investigação iniciou imediatamente após o proprietário da empresa comunicar o furto.
“O material é usado para produção de fertilizantes e a empresa usa, em média, 100 gramas por ano da substância. Neste ano foi comprado 1kg, e quando perceberam, deram a falta de em torno de 700gramas”, contou. Durante a investigação, a polícia identificou e localizou os suspeitos, encontrados em casa. Questionados, eles confirmaram o furto. “A princípio eles disseram que era para usar para fazer bomba de fumaça. Só que a quantidade levada é muito significativa, considerável para fazer explosivos”, detalhou o delegado
Ainda segundo Chaves, durante o interrogatório eles contaram à polícia que levariam para estourar nas proximidades do estádio, e que não seria a intenção usar dentro da Arena, mas eles acabavam entrando com esses objetos.
“Indagados a respeito da integridade física deles próprios e dos outros em relação a isso, eles falaram que não tinham intenção de machucar, mas de soltar nos arredores e, se tivesse briga com outras torcidas, utilizá-los”, comentou o delegado.
Ainda segundo a investigação, alguns explosivos chegaram a ser produzidos e testados, o casal teria eliminado o material ao perceber a aproximação das diligências policiais. “Com a quantidade de KNO3 subtraída poderia ser fabricada grande quantidade de explosivo ou bombas”, alertou a polícia.
Chapecoense notificada
Após identificado o objetivo dos torcedores, a Polícia Civil comunicou o Verdão. Ao Diário do Iguaçu, o clube informou que “referente ao caso dos torcedores suspeitos de furto de artefatos para confecção de explosivos, a Associação Chapecoense de Futebol está se inteirando dos fatos e irá tomar as providências cabíveis, se assim for necessário”.
Inquérito
Os dois suspeitos foram ouvidos e a expectativa de Chaves é concluir o inquérito até a próxima quarta-feira (25). Eles devem ser indiciados pelo crime de furto, com pena de até quatro anos, e também por produzir, sem autorização legal, explosivo, infração penal prevista no artigo 16, parágrafo único, inciso VI, da Lei 10.826/2003 (Lei de Armas), com pena de até 6 anos de reclusão. A Polícia Civil não divulgou o nome dos suspeitos e nem de qual torcida eles fazem parte.