Chapecó tem uma grande estrutura de saúde. São mais de 1.500 profissionais, 54 equipes de Estratégia de Saúde da Família que atendem em 26 Centros de Saúde da Família, são 07 farmácias, 02 unidades de Pronto Atendimento e 02 hospitais. Mas quando o chapecoense agenda uma consulta ou exame e não comparece, o médico, o dentista, o psicólogo e muitos outros profissionais deixam de atender outras pessoas.
Por isso, a Administração Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, está realizando uma campanha educativa, com o objetivo de ter o comprometimento das pessoas para que tenham atenção ao apelo, ‘se agendar, compareça. Se não puder comparecer, avisar com antecedência, para que outro paciente possa ocupar a vaga’. Além disso, é preciso envolvimento de toda comunidade para diminuir o absenteísmo, que hoje chega a 17% em consultas e exames, causando, além do prejuízo financeiro, a demora do fluxo das filas.
De acordo com a Secretária de Saúde de Chapecó, Maristela Rocha, pensando em mudar a situação, a Administração Municipal está realizando uma campanha educativa, indo de encontro ao que Ministério Público, que está fazendo também. Segundo ela, a ideia é fazer esse chamamento aos usuários e da população, que esse problema existe, muitas pessoas agendam e por algum motivo ou outro acabam não comparecendo. “No ano passado também foi feito a campanha, e agora está sendo reforçado o tema. Paralelo a campanha na mídia, internamente, está sendo feito um pesquisa para verificar quais são os motivos para as faltas. O que é identificado hoje, é que tanto na Atenção Básica, quanto na Especializada, um absenteísmo alto, é mais ou menos, em média, por mês, em torno de 10 mil consultas que não tem comparecimento”, explicou Maristela.
Ela comenta ainda que são agendadas em média 63 mil consultas por mês e o absenteísmo é de cerca de 10 mil por mês em consultas de média e alta complexidade. “É preciso deixar claro, que quando o paciente faz o agendamento, ele tem a opção da data e ele já sai da unidade de saúde com a data e horário agendado, e acaba, por algum motivo ou outro, não comparecendo. Se a pessoa não pode comparecer, preciso avisar, voltar até a unidade e comunicar que ele não irá para que outro paciente seja atendido nesta vaga”, solicitou.
Outra falta que acontecem bastante são nas cirurgias eletivas. A Secretária explica que a Central de Regulação faz a autorização da cirurgia, comunica a Secretaria de Saúde que informa o paciente através de contato pessoal ou por telefone. Ela explica que se não consegue esse primeiro contato, é feito a busca ativa, ou seja, as equipes vão até a casa do paciente para informar. Além disso, o paciente recebe uma Carta Registrada, pedindo para que compareça na Secretaria para ajustar a agenda de atendimento. “Importante que os pacientes mantenham seu cadastro e dados pessoais atualizados na Unidade de Saúde, para que, quando necessário, consiga ser encontrado pela equipe”, pede Maristela.
Maristela comenta ainda que hoje não existe uma legislação que possa “punir” o paciente que não comparecer a um exame ou consulta. O Estado e todos os municípios tem essa preocupação e estão fazendo um trabalho no sentido de sensibilizar os pacientes para que se agendar, comparecer. Existe a Lei do SUS – Sistema Único de Saude, a LEI 8.080 que fala dos direitos do paciente, mas cada direito tem atribuído um dever e esse dever é a corresponsabilização do paciente. “Se ele tem acesso garantido, tem que aproveitar. Quando a fila está muito grande, demandas que não tem oferta grande, com fila maior, existe muita reclamação, mas o paciente precisa fazer a sua parte”, comentou.
A Secretaria de Saúde está fazendo esta campanha para que de forma bastante abrangente, a população se conscientize para a importância do comparecimento no exame e na consulta e até mesmo na retirada dos exames quando realizado. “O não comparecimento dele significa um absenteísmo muito alto de falta em consultas e exames e é um problema que precisa resolver. Inicialmente estamos intensificando a orientação nos serviços de saúde e também reforçando na mídia. Esperamos que os chapecoenses se sensibilizem e nos ajudem a mudar essa situação”, esclareceu.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon destaca que os investimentos na área de saúde sempre são superiores ao exigidos pela legislação. Segundo ele, o Município sempre busca qualificar e humanizar os serviços de saúde, o trabalho e o atendimentos dos profissionais é exemplar, mas isso faz com que se tenha cada vez mais compromisso e zelo na execução dos serviços públicos da saúde. O prefeito destaca que os investimentos e o custo para manter os serviços são altos, e frequentemente são realizadas obras e melhorias em nossa estrutura física. Ele ressalta a preocupação com os prejuízos e a falta de fluxo nas filas devido aos faltantes. “O Município faz a parte dele, investe, compra serviços, contrata profissionais e melhora as estruturas, mas o cidadão precisa colaborar, quando tiver um exame ou uma consulta precisa comparecer, para que o número de atendimentos que realizamos seja cada vez maior e com agilidade”, finalizou.
Jornalismo Rádio Efapi com informações da Prefeitura de Chapecó.