Vereadores cobram da Casan solução para falta de água no Bairro Efapi em Chapecó

Foto: MB Comunicação

Uma moção de autoria do vereador Adão Teodoro (PR) e subscrita pelos demais vereadores de Chapecó cobra da Casan soluções para a falta de água no município. O assunto foi a principal pauta de sessão desta quarta-feira (13) na Câmara e reascendeu o debate sobre a municipalização dos serviços na maior cidade do Oeste.

O texto da moção 37/2019 pede explicações da diretoria da Casan Oeste para a falta de água no maior bairro da cidade, a Efapi, especialmente nos loteamentos Zanrosso e Esperança, porém acabou ganhando proporções maiores. Os vereadores afirmam receber ligações diárias de moradores de diversas localidades relatando a falta de água. 

“Faz mais de 15 anos que a situação nos loteamentos Zanrosso e Esperança está assim. Falta água todos os dias. A Casan deve explicações”, cobrou o autor da moção, Adão Teodoro, acompanhado em coro pelos demais legisladores. “A Casan precisa explicar e, mais que isso, precisa resolver o problema”, afirmou Aderbal Pedroso (PSD). “O problema de falta de água não é pontual, é real”, acrescentou Cleiton Fossá (PMDB).

Os petistas Cléber Ceccon e Marcilei Vignatti questionaram a falta de efetividade da Casan na resolução do problema e criticaram o trabalho prestado pela Companhia. “Não é só na Efapi que esse problema é diário. Recebo ligações do Bormann, do Paraíso, do Esplanada… A Casan precisa investir em Chapecó, conforme arrecada no município. Há anos discute a captação de água do Rio Chapecozinho como solução, mas o projeto não sai do papel. Precisamos fazer um reservatório, acabar com a pipa furada da Casan”, cobrou Ceccon. 

“Por muitas vezes já ocupamos espaço aqui para falar da Casan. Acho que a Companhia tem que pedir para sair do município, não está dando conta. É uma vergonha o que está acontecendo no Zanrosso. A Casan não tem justificativa”, emendou Marcilei.

O vereador Diego Aves (PP) também criticou os serviços prestados pela Casan e anunciou na Tribuna que enviará moção de apelo ao prefeito para rever o contrato entre município e a Companhia. “É coro nesta Casa o descaso da Casan com a população chapecoense. A Casan não tem estrutura, nem planejamento para atuar na cidade. É preciso rever o contrato e exigir soluções”, defendeu.

O líder do governo na Câmara, vereador João Rosa (PSB), apoiou as críticas e disse concordar com a revisão do contrato. “Quando se assina o contrato, não se tira o direito de revê-lo. Hoje a pauta da municipalização da água em Chapecó une situação e oposição”.

PROJETOS E REQUERIMENTOS

Além da moção, os vereadores aprovaram a redação final dos projetos 27/2019 e 35/2019. O primeiro denomina o Complexo Verdão “Prefeito Milton Sander” e o segundo nomeia Hélio Natal Dornsbach uma das ruas do Loteamento Vederti II, Bairro Autódromo.

Dois novos requerimentos também foram aprovados por unanimidade: o 49/2019, de autoria do vereador Jatir Balbinot (PDT), solicita cópia do convênio/contrato entre município e Celesc, relativo à manutenção da rede pública de distribuição e demais ativos imobilizados que fazem parte do sistema de iluminação pública. O outro, 56/2019, assinado pelo vereador Cleber Ceccon (PT) solicita do Executivo a data de publicação do edital do concurso público para professores de Educação Física no município.

VISITA

A sessão desta quarta-feira contou com a visita do pároco da Catedral Santo Antônio de Chapecó, Padre Ademir Rubin, e da professora do programa de Pós-Graduação de Políticas Públicas da Unochapecó, Maria Elisabeth Kleba da Silva. Ambos lançaram a Campanha da Fraternidade 2019, que neste ano tem como tema “Fraternidade e Políticas Públicas”.

Padre Ademir Rubin destacou o lema da campanha – “Serás libertado pelo direito e pela justiça” – e afirmou que a Igreja Católica busca incentivar a participação popular dos fiéis em todo o País nas políticas públicas como forma de garantir a ordem social. “O direito é a ordem social estabelecida e a justiça, segundo a Bíblia, é a preocupação com o mais pobre. Ainda não temos uma cultura participativa e democrática do povo. As pessoas estão voltadas às suas necessidades e não ao bem comum. A campanha vem para reforçar a importância da união e da participação da população nas políticas públicas”, destacou.

Já a professora Maria Elisabeth explanou sobre políticas públicas e sobre a atuação social do poder público, sugerindo a participação dos vereadores nos conselhos gestores do município. “Precisamos acreditar novamente na força do poder da política. Há muito descrédito em relação a qualquer estado de poder, devido a injustiças, privilégios, clientelismo. Necessitamos de uma política que seja pelo bem comum”.

Jornalismo Rádio Efapi com informações da MB Comunicação.