Uma unidade prisional precisa de muito mais que camas e grades. Para garantir o bom funcionamento do novo presídio feminino de Chapecó, o juiz da 3ª Vara Criminal da comarca, Gustavo Marchiori, vistoriou a estrutura prestes a ser inaugurada. O magistrado considerou que a estrutura física é boa e que as necessidades básicas para o início das atividades, como internet, luz, água e mobiliário, já foram providenciadas. A inauguração deve acontecer ainda em novembro.
“O único fator que impede a ocupação imediata do espaço é a falta de acesso aos beliches de cima. As camas precisam de uma escada, ou algo assim, porque são bem altas”, avaliou o magistrado. A administração comprometeu-se em organizar o acesso antes da inauguração. Outras sugestões de melhorias foram feitas, mas elas não atrapalham o funcionamento da unidade. A principal delas é a instalação de um sistema de videomonitoramento.
A gerente do presídio feminino, Simone Silva Moura, acredita que a administração da nova unidade será um desafio para todos. “O que não está adequado será adaptado. Já trabalhamos em situação precária. Esse prédio novo é uma maravilha”, ressalta Simone. Para atuar na segurança do presídio feminino, foram contratados 63 agentes penitenciários femininos em caráter temporário, além de profissionais da saúde e área técnica.
O diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap-SC), Deiveison Querino Batista, conta que outros dois presídios femininos, iguais ao de Chapecó, estão em andamento no Estado: em Joinville e Itajaí. A unidade do Oeste será a primeira a inaugurar. Com 286 vagas, a estrutura permite receber as internas locais e também as detentas de Concórdia, Joaçaba e, talvez, de Caçador. Mesmo assim, sobrariam mais de 100 vagas. “Acreditamos que esta unidade não superlotará porque os outros presídios femininos do Estado estão em regiões estratégicas para atender as demandas locais”, destaca. A ocupação em Chapecó deve acontecer logo após a inauguração, de maneira gradativa.
Estrutura diferenciada
São 6,4 mil m² de área construída em 12 mil m² de área total. O modelo e a estrutura são os mesmos das outras duas unidades ainda em construção no Estado. A maternidade é um grande diferencial. Os quartos possuem berço, banheira, trocador e banheiros especiais. Nesse espaço ficarão as mulheres em gestação de risco e depois de dar à luz. A criança e a mãe podem fazer uso das instalações até seis meses após o nascimento.
Jornalismo Rádio Efapi com informações do TJSC.